quarta-feira, 1 de junho de 2011

25/05/2011 19h49 - Atualizado em 25/05/2011 19h49 Ato em SP marca Dia Internacional da Criança Desaparecida

Manifestação foi organizada pela ONG Mães da Sé.
Parentes e amigos de crianças desaparecidas compareceram.


Do G1 SP

O Dia Internacional da Criança Desaparecida foi marcado nesta quarta-feira (25) por uma manifestação na região central de São Paulo organizada pela ONG Mães da Sé. O ato reuniu os parentes e amigos dos meninos e meninas que um dia saíram de casa para estudar ou brincar e não voltaram mais.

As famílias que vivem esse drama contam com a ajuda oficial e com uma rede de solidariedade para enfrentar a perda. A busca incessante e dolorosa da dona de casa Carmem Aparecido Izabel, por exemplo, teve início há 29 dias. A filha dela, de 11 anos, foi para a escola e não voltou mais para casa.

“Ela foi vista sendo seguida por um homem negro alto com uma cicatriz no rosto. Funcionários da escola e outras meninas falaram que tinha uma homem com essas características que ficava do lado de fora da escola”, afirma Carmem.

A filha de Ivanise Esperidião da Silva Santos desapareceu há 15 anos. Do sofrimento, nasceu a ONG Mães da Sé, que tem parcerias com o poder público e a iniciativa privada para dar apoio às famílias. “A divulgação é o único meio rápido que temos de identificar e localizar uma pessoa desaparecida. Quando você faz um trabalho de rede, o resultado é maior", diz Ivanise.

Por ano, em todo o estado, cerca de 20 mil pessoas entram no cadastro mantido pela delegacia dos desaparecidos. Até o fim do ano, essa busca deve ficar mais ágil. Será implantado um novo sistema, que integrará as delegacias, para que elas também possam alimentar o cadastro com novas informações.

“Vai aliviar a nossa delegacia para podermos fazer a investigação propriamente dita porque eu vou deixar de fazer o cadastro. A delegacia original já faz o cadastro e já pode, inclusive, digitalizar a foto no nosso site”, diz Arlindo Negrão Vaz, delegado titular da Delegacia de Pessoas Desaparecidas

A maioria dos casos é resolvida com informações passadas pela própria família e por amigos, mas todos podem ajudar. “Eu gostaria muito que as pessoas prestassem atenção nesse rostinho e se pudessem ajudar a encontrar minha filha para eu levar de volta para casa”, afirma Carmem.

Dos 20 mil desaparecidos no estado de São Paulo no ano passado, 5 mil ainda não foram encontrados.

Nenhum comentário:

Pesquisar