Da redação
Eliana: falhas na comunicação Foto: Divulgação CLDF

Eliana: falhas na comunicação Foto: Divulgação CLDF

Nos últimos três anos, cerca de três mil crianças e adolescentes desapareceram no Distrito Federal (DF). Mas, de acordo com o Ministério da Justiça (MJ), foram 299 casos – o que mostra falha na comunicação entre órgãos estaduais e federais. E esta disparidade é apenas um dos problemas encontrados quando o assunto é jovens desaparecidos.

Para a secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Eliana Pedrosa, muito ainda deve ser aprimorado no sistema. “Temos falhado na interlocução. Os erros nos números são em conseqüência da falta de comunicação”, disse a secretária, durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de crianças desaparecidas na Câmara dos Deputados.

“Sugerimos ao MJ que coordene nacionalmente esta questão. Temos um sistema muito precário de informação”, afirma a secretária. Ela ressaltou que também é preciso divulgar mais os serviços disponíveis à sociedade: “Apenas 20% dos casos comunicados aos canais competentes no DF são feitos com menos de quatro dias. Passado este período é muito difícil encontrar a criança”.

Eliana fez sugestões para minimizar o problema como a criação de bancos de fotos e de análise de DNA, além de trabalho de prevenção de fugas e vulnerabilidade dos jovens. A secretária disse ainda que dimensão da temática enfrentada no País pode ser visualizada na dor das famílias: “Já ouvi uma mãe dizer que preferia saber da morte da filha desaparecida do que continuar com o sofrimento de não encontrá-la”.